quarta-feira, fevereiro 14, 2007

*Sonata a dois*

estendo-me sobre o branco horizonte
sou mulher de dois mares
entro fria nas vagas de espuma..
entre o sal que procuro em ti..
sinto o mar que trespassa a minha alma
com doces movimentos vazios
navego vagas, mares e sonhos
corto os ventos da tua alma grande..
cai a noite, e mesmo sem luz,
sigo o caminho do teu firmamento
sem me enganar nas rotas ou rumos
onde não me encontro.
porém, segura caminho
e o porto que ao longe vejo,
por entre neblinas de solidão
traz de volta o teu sal de ti
embalando a tristeza, enganando a saudade..

sim, sou mulher de dois mares
porque doce é o mar que em ti sinto
e salgado é o fruto do nosso encontro.


RealSmile & SerendipityMan

7 Comments:

At 14/2/07 23:53, Blogger SerendipityMan said...

Leio o poema e acho-o tão coeso que não nos distingo nele. Sei lá quando sou eu ou quando és tu....

 
At 20/2/07 23:34, Blogger Daniel Aladiah said...

E não é coisa simples... mas bela.
daniel

 
At 22/2/07 15:56, Blogger SONHADOR said...

Este comentário foi removido pelo autor.

 
At 22/2/07 15:59, Blogger SONHADOR said...

simplesmente belo.

bjos do tamanho do mundo.

 
At 27/2/07 22:30, Blogger Miguel said...

pois é, pois é, parece que lá consegui voltar :)

sempre gostei de poemas as duas, de juntar duas precepções distintas, gostei, tal como gostei de tudo o resto que li e a que faltei.

um beijo, continua e um obrigado

 
At 28/2/07 10:40, Anonymous Anónimo said...

interessante post.
calmo e util de leituras,,,

 
At 1/3/07 14:44, Blogger Pierrot said...

Yeng e yang
Uma eterna dicotomia entre o sal e o doce, entre as vagas e o vazio, entre o rumo e a escuridão
Bonito ensaio que resulta num poema bem conseguido.
Sugiro novas iniciativas para deleite dos leitores
Bjos daqui
Eugénio

 

Enviar um comentário

<< Home