*Sonata a dois*
estendo-me sobre o branco horizonte
sou mulher de dois mares
entro fria nas vagas de espuma..
entre o sal que procuro em ti..
sinto o mar que trespassa a minha alma
com doces movimentos vazios
navego vagas, mares e sonhos
corto os ventos da tua alma grande..
cai a noite, e mesmo sem luz,
sigo o caminho do teu firmamento
sem me enganar nas rotas ou rumos
onde não me encontro.
porém, segura caminho
e o porto que ao longe vejo,
por entre neblinas de solidão
traz de volta o teu sal de ti
embalando a tristeza, enganando a saudade..
sim, sou mulher de dois mares
porque doce é o mar que em ti sinto
e salgado é o fruto do nosso encontro.
RealSmile & SerendipityMan
7 Comments:
Leio o poema e acho-o tão coeso que não nos distingo nele. Sei lá quando sou eu ou quando és tu....
E não é coisa simples... mas bela.
daniel
Este comentário foi removido pelo autor.
simplesmente belo.
bjos do tamanho do mundo.
pois é, pois é, parece que lá consegui voltar :)
sempre gostei de poemas as duas, de juntar duas precepções distintas, gostei, tal como gostei de tudo o resto que li e a que faltei.
um beijo, continua e um obrigado
interessante post.
calmo e util de leituras,,,
Yeng e yang
Uma eterna dicotomia entre o sal e o doce, entre as vagas e o vazio, entre o rumo e a escuridão
Bonito ensaio que resulta num poema bem conseguido.
Sugiro novas iniciativas para deleite dos leitores
Bjos daqui
Eugénio
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